Ericsson Castro vem atuando como músico, realizando recitais em diversas
cidades brasileiras, destacando recital de enceramento no Encontro de violões
em Mongaguá em homenagem a Gilberto Mendes e Henrique Pinto.
HT:Quando surgiu o interesse pelo violão?
HT:Quando surgiu o interesse pelo violão?
Ericsson:Por meio do meu avô
que era muito amigo do Everton Gloeden, um dia ele chegou com uma gravação do
Everton tocando a obra completa do Bach para alaúde e me deu de presente. Daí
foi paixão, não conseguia parar de escutar.
HT:Como descobriu que esse era o instrumento certo para você?
Ericsson:Depois de um tempo
estudando guitarra e violão, decidi focar no violão, porque
adorei o fato de o violão poder tocar um grande repertório, desde a
renascença até
música de vanguarda, além da sonoridade, adorei o timbre do violão.
HT:Com quantos anos você
começou a estudar violão e, qual sua formação
musical?
Ericsson:Começei a estudar com
17 anos, meu primeiro professor foi o Edelton Gloeden.
Estudei com ele por cerca de quatro anos. Depois ingressei na ULM Tom
Jobim, onde estudei com Everton Gloeden, e lá também estudei por quatro
anos. Depois
entrei no Bacharelado da Universidade Cruzeiro do Sul, onde fui
orientado pelo
professor Luciano César Morais.
Depois de uns anos sem estudar com um professor entrei na escola
municipal de
música de São Paulo onde fiz um semestre com o professor Paulo Porto
Alegre.
Participei também de muitos festivais onde tive aulas e contatos com
grandes
mestres, o que ajudou muito na minha formação. Atualmente pretendo
continuar
meus estudos realizando um mestrado.
HT:De que forma você organizava suas horas de estudo e, atualmente como você
as organiza?
Ericsson:No começo eu tinha
uma rotina mais rígida de estudos, estudava todo dia pelo
menos uma hora depois que chegava da escola, e no fim de semana um pouco
mais.Foi o período em que tive mais rendimento em um determinado tempo. Depois
com a faculdade e o grande numero de matérias e trabalhos eu fiquei um
pouco desorganizado, e não tinha uma rotina, o que eu fazia era chegar uma
hora
mais cedo, isso já adiantava bastante coisa e sempre que tinha uma aula
vaga ou
janela eu aproveitava para ler ou estudar um trecho.
Atualmente como dou aulas, aproveito para estudar também nos intervalos
e
quando um aluno falta.Em casa eu não mantenho uma rotina rígida mas,
sempre
separo um tempo para ler peças novas, estudar técnica/mecânica, repassar
algumas
peças antigas e estudos. Exceto quando tenho um concerto, ai tenho que
montar
um cronograma. Agora que estou estudando alguns programas diferentes e
para
situações diferentes estou tendo que montar uma tabela, se não fica
complicado.
Mas eu nuca deixei o estudo atrapalhar as outras coisas da vida, como,
ler, ver
filmes, passear, estudar outras coisas. Acho que o equilíbrio é
importante, no estudo. Não pode ser chato ou cansativo, tem que ser prazeroso,
se não, não rende.
HT:Você já participou de eventos realizados para seu instrumento? Quais?
Ericsson: Já participei como
aluno e ainda continuo participando de muitos eventos que
me ajudaram muito como músico e pessoa. Vou citar os mais marcantes: fiz
9
edições do Seminário Vital Medeiros, 3 edições do Festival Internacional
de
Violão de Belo Horizonte, 3 edições do Seminário Souza Lima, 2 edições
do
Festival Internacional de violão da UFRJ, Simpósio Brasil /Alemanha,
Festival
de Inverno de Nova Friburgo, Seminário do Conservatório Mozart, dentre
muitos
outros. Tocando, eu já participei do Encontro de Violões de Mongaguá,
Série Sacra
Música na Puc, Violões Na Catedral e Música na Capela.
HT:Como você tem superados as dificuldades de ser um musico no Brasil?
Ericsson:Trabalhando muito. É
possível ter uma vida tranquila e realizar seus desejos
profissionais e pessoais com música, mas, é preciso gostar muito do que
se faz para
poder evoluir. Pensando mais pontualmente, eu tento trabalhar em duas
áreas, a do
ensino e da performance, mas hoje se pode diversificar muito mais como
nas áreas
de produção, gravação, arranjo, composição, pesquisa, edição. Hoje em
dia nós
temos muitos mecanismos de apoio à cultura, como os editais, mas, não
podemos
nos viciar e depender só dos órgãos públicos, acho que é preciso
procurar outros
meios de financiar a arte.
HT:Hoje em dia o instrumento é sua principal fonte de renda?
Ericsson:Sim, toda minha renda
vem da música.
HT:Que dica você daria para quem esta iniciando seus estudos no violão?
Ericson:Estudar, pesquisar
muito, ouvir muita música, ler, viajar e conhecer outros músicos,
fazendo amizades, aproveitar o momento em que se esta tocando, estudando
e
ouvindo. Tentar aprender e melhorar sempre.
HT:Você pode dar uma pequena descrição da sua carreira musical?
Ericsson:Bom, eu leciono em
uma escola de música, procuro realizar apresentações musicais
solo e em duo, pesquiso por repertório do século XX e XXI, e tenho
incluído em
meus programas peças novas e pouco tocadas, quero em breve comissionar
novas
peças para violão de compositores que eu admiro, seria uma honra.
HT: Quais são suas inspirações para tocar?
Ericsson:Depende muito da
peça, da hora, mas ao tocar eu procuro pensar na música. Eu
gosto muito sensação de tocar ao vivo, sentir a energia do público, acho
que essa
ligação é uma das inspirações, sentir a conexão com o público.
HT:Deixe um recado para os nossos amigos do blog HT.
Ericsson: Olá colegas, esperam
que tenham gostado da entrevista, espero que tenham
um dia com muita produtividade. Aproveitem para escutar e tocar muita
música,
aproveitem!
Email: ericsson.castro@gmail.com
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