Em busca da consagração definitiva, segue para a Alemanha, onde suas composições passaram a ser admiradas e solicitadas pelo público, ao mesmo tempo em que eram disputadas pelos editores de música. Em 1820 voltou à Itália onde, depois de vários concertos muito bem sucedidos, resolve ir para o grande centro cultural da Europa: Paris.
Ali, do mesmo modo que Sor, Carulli, Aguado, Giuliani e Coste, conheceu a fama e a glória. Permaneceu dois anos em Paris e, em 1822, seguiu para Londres, tendo conquistado sucesso tão grande que passou a viver por vários anos no eixo Londres-Paris. Em 1828, no apogeu da glória, retorna definitivamente a Paris, onde se encontra com Carulli promovendo uma sadia e estimulante rivalidade.
Retornou à Itália em 1836 e realizou bem sucedidas turnês, conquistando a fama de ser um dos melhores executantes de sua época. Viajou novamente para a Inglaterra e depois para Paris, onde fixou residência, permanecendo até a sua morte em 1863, com 71 anos de idade.
Compositor talentoso e correto, Matteo Carcassi legou-nos um importante acervo de composições, entre as quais se destacam as três sonatas do Opus 1 e os 25 estudos do Opus 60, de grande valor musical e didático.
O método de Carcassi tem sido injustamente relegado ao esquecimento. Sua edição no Brasil é muito mal cuidada e mal traduzida por decorrência direta do desleixo das editoras que só renovam, quando o fazem, a capa das edições. Seus 22 exercícios para independência dos dedos, para citar um só exemplo, eficientes e concisos, são, até hoje, indispensáveis para promover o progresso do aluno iniciante. Mesmo alunos adiantados podem beneficiar-se destes breves exercícios de dois compassos cada um.
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