Baden Powell de Aquino nasceu em Varre-e-Sai, em 6 de agosto de
1937 e faleceu no Rio de Janeiro em 26 de setembro de 2000. Seu pai era
um grande entusiasta do escotismo e deu ao filho o nome em homenagem ao
Barão inglês Robert Baden-Powell. Sua família se mudou para o Rio de
Janeiro quando ele tinha apenas 3 anos e Baden começou a estudar violão
clássico desde cedo. Ele estudou com Meira (Jayme Florence) e logo se
revelou um prodígio no instrumento.
O que Baden fez pelo violão
brasileiro não tem preço. Ele trabalhou apaixonadamente por mais de 40
anos e viveu na França e na Alemanha por muito tempo. Seu estilo
agressivo e único de tocar influenciou dezenas de outros violonistas e
sua influência continua se fazendo presente mesmo entre as gerações mais
novas.
Baden era excelente como instrumentista, compositor e
arranjador. Algumas de suas músicas ganharam letras escritas por poetas
famosos como Vinícius de Moraes e Billy Blanco e se tornaram sucessos
imortais, como Samba Triste, Berimbau e Samba em Prelúdio, as quais continuam sendo gravadas por muitos cantores e violonistas de hoje.
Em
relação a sua musicalidade e técnica, um dos aspectos mais
interessantes de notar é a forma como ele costumava tocar melodias em
acordes. A maioria dos violonistas costuma tocar a melodia em uma ou
duas cordas, mas Baden fazia o violão cantar com acordes cheios. Como
algumas passagens era muito velozes, ele não usava a fórmula tradicional
p-i-m-a para puxar as cordas. Em vez disso, ele tocava as primas apenas
com os dedos i-m e o polegar respondia pelos baixos. Às vezes ele
também usava apenas o dedo anular puxando as primas pra cima, algo
parecido com um rasgueado. É muito mais fácil entender visualizando.
Abaixo segue um vídeo que foi gravado nos anos 60, onde ele toca a sua
composição Samba Triste:
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